O pernilongo pode ser considerado um dos maiores vilões do verão brasileiro, eles costumam chatear com zumbidos e picadas que incomodam e muito em especial as crianças. Em Campo Belo um dos assuntos mais comentados nos últimos dias é a proliferação do inseto. Os campobelenses querem medidas de políticas públicas para combater essa epidemia. Muitos sugerem a limpeza do ribeirão e outros a aplicação do fumacê.
A população está indignada, para Ariela, por exemplo, os insetos incomodam demais; “Pernilongo da dengue, Zika, Chikungunya, coceira, não nos deixam dormir, incomoda, é uma praga que está na cidade, insuportável. Sequer remédio e ventilador está adiantando. Uma vergonha! Se não bastasse, agora também há esses mosquitinhos vulgos ‘porva’. Deus nos livre desse mal”, disse.
Matheus também têm seus questionamentos; “Porque este ano a prefeitura não está jogando mais remédio nas ruas? Quando fazia isso havia menos pernilongos”, frisou.
Dona Cida Ribeiro diz que nem remédio resolve a situação; “Na rua Chile não estamos aguentando, raquete elétrica, refil, nada extermina estes pernilongos”, acrescentou a aposentada.
►Outro lado
A prefeitura divulgou nota sobre o assunto: “Devido ao início do verão e a temporada de chuvas há um aumento considerável no aparecimento do vetor transmissor da dengue, zika , chikungunia (Aedes Aegypti) e também mosquito comum (pernilongo). Trata-se de um evento sazonal e que depende exclusivamente de condições climáticas. Vivemos em um país tropical onde as condições climáticas favorecem a proliferação dos mosquitos.
Porém, de acordo com o Ministério da Saúde há recomendações e restrições para o uso de inseticidas em ambos os casos. A utilização do fumacê só é indicada em localidades onde existe alto índice de infestação do Aedes Aegypti, equivalente a 5%, e transmissão da dengue com casos notificados, de acordo com as normas do Ministério da Saúde. O inseticida só é repassado ao município pelo Ministério da Saúde a partir de um certo número de notificações de suspeita de Dengue ,Zika ou Chikungunya. O município não possui o inseticida para fumacê e o recebe somente mediante controle do Ministério da Saúde.
O setor de endemias esclarece ainda que o uso excessivo do fumacê pode resultar um efeito inverso e, em vez de eliminar o mosquito, pode contribuir para que ele fique resistente à ação do veneno. Por isso ele não é utilizado ao longo do ano, apesar de solicitações. Por esse motivo não contamos com o inseticida no município. Lembramos também que para o combate ao Aedes Aegypti e a outros mosquitos, a maneira mais eficaz é a prevenção”, finaliza a assessora de imprensa Daniela Rodarte.