Um músico Campobelense autor de várias composições. Este é Márcio Costa, que tem 35 anos dedicados a música, sendo compositor de cerca de 60 da MPB e 400 contando a diversidade de gêneros. Com a grande frase ” Sempre a música faz parte da vida de todos, desde pequeno ao cantar de uma mãe com um filho no colo, também voltado de uma pessoa que está apaixonada e faz uma música para o seu amante, uma Igreja louva através da música” , o compositor falou ao DCB sobre toda a sua história com a música.
Em uma das lembranças de Márcio, ele ressalta que já chegou a ser suspenso na escola por ter a mania de querer levar o rádio para o local de ensino, e isso claro, não era permitido. Aos 16 anos, Márcio começou a cantar e aos poucos também começou a tocar instrumentos de corda também.
Por 20 anos, o compositor tinha aberto na cidade a Musical Eletro, e está nela até os dias atuais. Ao ser perguntado sobre a importância da música em sua vida, ele reitera. ” A música trouxe uma felicidade muito grande pra mim, eu sempre fui muito feliz na música, porque a tive como uma companheira” , relatou o profissional da música. Para ele não há outra coisa tão significativa do que viver da música.
Quando perguntado sobre como são pensadas as suas composições ele diz que algumas são feitas de um modo simples no papel, já fazendo os acordes no violão e outras um pouco mais difíceis como a que ele conta que teve que ser feito um samba-enredo para uma escola de samba em Campo Belo, algo que até então não tinha feito, e também o hino do Sparta, algo que foi novidade para a sua carreira.
Uma outra forma são as que acontecem por uma rotina que o deixava mais preparado a pensar em música, como estar dentro de um ônibus, por exemplo. Segundo Márcio, ele mesmo tem por costume chamar as suas músicas de “poesia musicada”. O gênero musical preferido de Márcio é o MPB, que juntava com um samba e também uma bossa nova, era uma música regionalizada tipo Zé Ramalho. Hoje segundo ele, o que mais se ouve é o sertanejo e o funk.
Ele conta que hoje tem visto duplas bem bacanas de MPB ao Rock onde a poesia entra melhor com mais qualidade. Uma das curiosidades citadas por ele, é a música Admirável Gado Novo do Zé Ramalho que esteve na prova do Enem. Sobre o final de semana em que se falou da Consciência Negra, falamos também sobre os grandes cantores no que ele destacou Gilberto Gil, Martinho da Vila, Djavan, Milton Nascimento, o percusionista Naná Vasconcellos e falou que a musica brasileira é uma música negra.
Sobre o Escritorio Central de Arrecadação de Direitos Autorais (ECAD), ele fala que remunera pouco, e o músico tem que se preocupar é com sua formação, pois muitos não são encarados como profissionais como deveria ser. “Quando vou as capitais e em feiras de musicas no Sul, em São Paulo ou Belo Horizonte, e encontramos com o setor a gente percebe que o músico ainda é muito marginalizado” contou Márcio
Com relação a quem inicia no meio da música, os músicos precisam entender que quem quer fazer sucesso, não irá fazer aquilo somente que quer. Segundo o compositor, quem quer mesmo seguir esta carreira tem que buscar agradar os seus apoiadores, para que não seja um sucesso momentâneo.
Sobre a rádio ele opina que não irá acabar, mas só tem que tomar cuidado com as falas no meio da música, quando tocada no meio de comunicação. Está aumentando o numero de rádios hoje, pois o custo barateou para ter uma hoje, e ficou mais fácil para se ter um alcance e mesmo o meio digital grande, se sabe que isso cooperou ainda mais para o aumento da sua audiência.
Sobre os realities de música, ele destaca que é importante para você saber de vários músicos que até então eram tidos como desconhecidos da sociedade, mas que depois há uma percepção de que a maioria canta tudo igual. Ele acredita que antes dava-se mais liberdade nos festivais, agora hoje os que são de intérprete parece que são vários cantando igual a mesma música, sem contar que são os mesmos arranjos musicais.